Os trabalhadores da Sumol+Compal estiveram em greve para denunciar o incumprimento do salário mínimo nacional, bem como pela negociação com a empresa da carta reivindicativa dos trabalhadores e para exigir aumentos salariais e igualdade salarial, entre outras reivindicações.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou  a Sumol+Compal de pagar salários abaixo do mínimo estabelecido por lei (557 euros), exigindo a intervenção imediata do Ministério do Trabalho.
“É inadmissível que, em Setembro de 2017, continuemos a ter uma empresa com a responsabilidade da Sumol+Compal a pagar um salário inferior” ao salário mínimo nacional (SMN), afirmou.
Segundo o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), Rui Matias, a adesão à greve foi de cerca de 90% na unidade de Pombal, não tendo conhecimento da adesão em outras unidades da empresa.
Questionada pela agência Lusa, fonte oficial da Sumol+Compal afirmou que a empresa “cumpre a lei” e que, nos mais de 1.250 trabalhadores que tem em Portugal, “não há nenhum que tenha uma remuneração base inferior” ao SMN, sublinhando que a remuneração base mínima na empresa é de 575 euros.
No entanto, a agência Lusa teve acesso a dois recibos de vencimentos de trabalhadores da empresa do presente ano, tendo constatado vencimentos base de 551 euros e de 545 euros, sendo que o salário dos trabalhadores só era superior ao SMN quando contabilizado o subsídio de harmonização (no valor de 23 euros).
Agência Lusa e foto: Pombal Jornal